terça-feira, 26 de agosto de 2014

Zumbido e audição podem NÃO estar associados?

O zumbido com muita frequência tem associação com algum grau de perda auditiva. Entretanto, em outros casos, ele pode estar associado a problemas emocionais (ansiedade ou depressão) e a dores frequentes na vizinhança do ouvido (cabeça, face, pescoço e ombros).

Dores musculares (chamadas dores miofasciais, por causa da fáscia – camada que recobre os músculos) em músculos próximos ao ouvido podem provocar sintomas reflexos, como zumbido, dor em pontadas, ouvido tampado e até tonturas. Nesses casos, a dor provoca o zumbido ou interfere temporariamente com seu volume.

Nesses casos específicos, a fisioterapia voltada para o tratamento dos músculos pode ajudar a melhorar os sintomas relacionados (zumbido, dor em pontadas, ouvido tampado e as tonturas citadas acima). As sessões visam restabelecer a condição muscular, melhorar a amplitude dos movimentos, aumentar a força dos músculos e controlar a dor. Vale lembrar que quanto mais próximos do ouvido, maior a chance de haver relação com o zumbido.

Então, atenção pessoal!!! Se estiverem sentindo dor na cabeça, no pescoço ou nos ombros relatem isso ao otorrino para que sejam avaliados e, se for o caso, tratados por um fisioterapeuta.


sábado, 23 de agosto de 2014

Zumbido e problemas de circulação: qual a relação?


O ouvido é uma das maravilhas da natureza... apesar de minúsculo, funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, inclusive enquanto dormimos... e faz tudo isso SEM ter um estoque de energia para garantir esse funcionamento constante.

Por isso, a chegada do sangue contendo nutrientes que forneçam energia para o ouvido trabalhar direitinho precisa ser muito eficiente! Só que, para piorar as coisas, o ouvido interno (parte que transforma os sons em energia elétrica) só tem um único vaso sanguíneo (artéria auditiva interna) para a chegada desse sangue. Por isso, qualquer doença que provoque estreitamento desse vaso sanguíneo pode piorar a circulação do sangue nesse território e diminuir a função dos ouvido.

Quais são essas doenças? Várias! Entre elas: colesterol e/ou triglicérides altos, hipertensão, diabetes ou pré-diabetes, vasculites, insuficiência vascular cerebral etc. Como essas doenças são comuns e o zumbido também é, muitas pessoas não relacionam uma coisa com a outra e acabam menosprezando a responsabilidade dessas doenças sobre o ouvido!

Se esse é o seu caso, procure um otorrino focado em zumbido e avalie sua saúde em geral. Lembre-se: a prevenção sempre é o melhor remédio. Precisamos pensar em melhorar o nosso “hoje” e o nosso “amanhã”!



quinta-feira, 21 de agosto de 2014

“Epidemia” de zumbido no século XXI: preparando nossos filhos e netos


Há 20 anos, digitar a palavra “tinnitus” no Pubmed fornecia 150 referências (1994). Já em 2012, esse número aumentou para 641, mostrando um crescimento maior que 400% nas publicações científicas. Este é um parâmetro nítido do aumento de interesse sobre o assunto, seja por parte de pesquisadores, universidades, indústrias farmacêuticas e empresas de tecnologia auditiva.
Uma possível justificativa para tal interesse está nas evidências científicas sobre o aumento progressivo de zumbido na população. Afinal, essa prevalência já subiu de 15% (National Institute of Health, 1995) para 25,3% (Shargorodsky, 2010) em apenas 15 anos, tornando-o um problema mais frequente do que a asma, surdez, cegueira ou Alzheimer. E isso já se reflete visivelmente nos consultórios de otorrinolaringologistas de todo o Brasil, haja vista a recente busca por mais informação em cursos e congressos.

Muitas pesquisas comprovaram que perdas auditivas, mesmo as bem discretas, podem causar zumbido. Além disso, quem tem zumbido com audiometria normal ainda pode ter alteração em outro exame mais sensível, que chama emissões otoacústicas. Este exame pode demonstrar lesões menores ainda no ouvido. No nosso dia a dia, quando um adulto tem zumbido, cerca de 90% das vezes já existe perda auditiva em pelo menos uma das frequências sonoras testadas na audiometria. Entretanto, em jovens a situação é diferente: eles costumam perceber zumbido antes de notarem qualquer perda auditiva. Portanto, a presença do zumbido sugere fortemente que ele seja um sinal de alerta precoce para futuros problemas e isso deveria acelerar a busca pelo diagnóstico precoce, seja ela feita por otorrinolaringologistas, clínicos, geriatras, pediatras ou hebiatras.
Em 2007, publicamos uma pesquisa como parceria entre as Universidades de São Paulo e de Iowa, que estudou 506 crianças de 5 a 12 anos (Coelho, Sanchez, Tyler, 2007). Dentre elas, 37,7% deles tinham zumbido e 19% se incomodavam com ele. Estes dados surpreendentes nos motivaram a pesquisar o problema em adolescentes, considerando que eles gostam ainda mais das situações atuais de lazer ruidoso. Assim, convidamos 170 adolescentes do Colégio Santa Cruz, uma renomada escola paulistana, para se submeterem a diversos procedimentos, após autorização dos pais, dentro do ambiente escolar. A escolha de uma escola privada foi baseada na hipótese de que seus alunos, pertencentes a famílias de classe média ou alta, teriam liberdade financeira para escolher os hábitos de lazer, o que nos permitiria observar melhor as opções escolhidas por eles.

Inicialmente, os alunos responderam um questionário para avaliar sua autopercepção de sintomas (zumbido, perda auditiva e hipersensibilidade a sons) e a exposição a potenciais fatores de risco (fones de ouvido, baladas/shows e celulares). A seguir, duas otorrinolaringologistas realizaram o exame físico e removeram cerúmen nos casos necessários, garantindo boas condições para a realização dos exames. Posteriormente, duas fonoaudiólogas realizaram, em cabina acústica, a audiometria tonal de 250 a 16000Hz, limiar de desconforto a sons (LDL), emissões otoacústicas e acufenometria (apenas nos casos em que o zumbido estava presente no momento).

Essa pesquisa, realizada com apoio da FAPESP, foi inédita porque o zumbido foi avaliado por dois métodos complementares: o questionário - que toda pesquisa faz - e a acufenometria, usada como critério de rigor para a confirmação da presença do zumbido.

No questionário dos 170 alunos, 93 (54,7%) responderam que têm ou já tiveram zumbido nos últimos 12 meses. Dentre eles, 51,1% o associaram à saída de ambientes com música alta.   Quanto à acufenometria, 49 alunos (28,8% dos 170 avaliados ou 52,6% dos 93 que relataram zumbido pelo questionário) também conseguiram medir a frequência sonora e a sensação de intensidade do zumbido dentro da cabina acústica, de modo reprodutível.

Independente se considerarmos a resposta do questionário (54,7%) - metodologia semelhante às demais pesquisas - ou a da acufenometria (28,8%), já evidenciamos que a prevalência de zumbido entre adolescentes é maior do que a de outras faixas etárias, como visto anteriormente. Ainda mais interessante foi o fato do zumbido provocar pouco incômodo (média da escala numérica de 0 a 10 = 3,58) nos adolescentes, fazendo com que eles não contassem aos pais nem procurassem ajuda médica. Pensando em termos de “epidemia”, esse parece um terreno fértil para uma “proliferação” do problema, já que esses fatores atrasam o início do tratamento e contribuem para que o zumbido se torne cada vez mais crônico.

Esta geração de jovens tem potencial para viver até os 100 anos. É possível e provável que esses ouvidos com zumbido sejam mais sensíveis a lesões no futuro, por isso devem ser avaliados com mais frequência e mais cuidado, pois poderão ter perda auditiva mais precoce do que outras gerações.
Há 20 anos, era quase unanimidade que o atendimento a um paciente com zumbido evocasse automaticamente no otorrinolaringologista um pensamento parecido com “não há nada que possa ser feito” ou “você precisa aprender a conviver com isso”. Entretanto, a investigação etiológica do zumbido e a definição da conduta terapêutica são atos próprios do otorrinolaringologista, embora o trabalho de equipe interdisciplinar seja uma ferramenta muito valiosa, em especial nos casos difíceis.
Por isso, para os interessados em ter um novo olhar sobre um problema antigo, já temos à disposição:
- um protocolo bem definido de investigação médica e audiológica para determinar as principais etiologias do zumbido e auxiliar na diferenciação dos subgrupos, auxiliando no atendimento do dia a dia;
- um protocolo de “handicap” validado e traduzido para o português, auxiliando como instrumento para pesquisas científicas;
- médicos ou centros com atendimento especializado, às vezes até bastante interdisciplinar, em nível de SUS, convênios e particulares, em várias cidades;
- cursos, painéis, mesas redondas ou plenárias sobre zumbido em todos os grandes congressos de otorrinolaringologia no Brasil, via de regra com salas cheias;
- eventos internacionais de zumbido: o International Tinnitus Seminar, existente desde 1981 e ocorrendo a cada 3 anos; o Tinnitus Research Initiative, existente desde 2006 e ocorrendo anualmente.
Assim, com o conhecimento científico crescente e condições melhores de atendimento, cabe aqui uma reflexão: a frase “zumbido não tem cura” por enquanto é verdadeira no sentido literal da palvara cura. Entretanto, por algum motivo, ela é frequentemente associada a “não ter nada para fazer”, o que não é coerente com as várias opções de tratamento publicadas, com eficácias distintas que provavelmente serão maiores, quando forem aplicadas especificamente a subgrupos de pacientes com zumbido.
Curar-se envolve, via de regra, percorrer um caminho que proporciona 100% de melhora na linha de chegada. Muitas doenças não têm cura definitiva, mas é rotina que os médicos invistam esforços pessoais para amenizar e controlar pacientes com rinite alérgica, polipose nasal, asma, hipertensão, diabetes, etc. Percorrer o caminho do tratamento do zumbido e poder obter melhora parcial, seja de 20%, 50% ou 80%, como se consegue com outros sintomas da Medicina, já poderia ser um fato mais aceito pelos otorrinolaringologistas.
Muitos mistérios ainda precisam ser desvendados e muita coisa ainda precisa ser feita para que o otorrino “abrace” o zumbido com mais naturalidade, assim como se faz com as amigdalites, nódulos de pregas vocais, desvios de septo e perfurações timpânicas.
Os vários fatores que justificam esse aumento sensível de prevalência do zumbido - maior exposição a ruído, a ondas eletromagnéticas, a erros alimentares e a estresses diários - vão continuar presentes em nossas vidas por muitos anos. Então, fica lógico entender porque até crianças e adolescentes começaram a apresentar esse problema. Infelizmente, é provável que nossas próximas gerações de filhos e netos tenham maior probabilidade de precisar de nossa ajuda para diagnóstico, tratamento ou prevenção, o que seria um motivo pessoal a mais para o zumbido entrar de vez na pauta do otorrinolaringologista.

Profa  Dra. Tanit Ganz Sanchez, Professora Associada da Disciplina de ORL da Faculdade de Medicina da USP; Presidente da Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido (APIDIZ).

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Você se irrita com sons que as outras pessoas não estão nem aí? Fique de olho: pode ser misofonia ou hiperacusia!


Há anos nós atendemos pacientes que se incomodam demais com determinados sons. Eu sempre pensei neles como pessoas hipersensíveis e confesso que tinha uma tendência de “colocar várias coisas numa cesta só”.

Como meus pacientes costumam vir procurar ajuda por causa do zumbido, essa hipersensibilidade auditiva ficava misturada com a queixa principal.



Mais recentemente, algo se clareou MUITO na minha mente à medida que fui prestando mais atenção aos detalhes da hipersensibilidade auditiva. Vamos lá:

1. Alguns se incomodam com o VOLUME dos sons (ex: TV, música, vozes das pessoas, restaurantes etc). Quando fazemos o LDL (loudness discomfort levels) – um exame complementar à audiometria para estimar qual o volume que os sons começam a incomodar cada pessoa -, os resultados costumam ser alterados. Essas pessoas podem perfeitamente conviver com os sons que os incomodam, desde que o volume deles esteja mais baixo. Isso descreve os casos puros de hiperacusia.

2. Alguns se incomodam com a PRESENÇA dos sons e sua repetição, mesmo que eles sejam baixos (ex: mastigação, respiração, deglutição de saliva ou alimentos, tosse, pigarro, assoar de nariz etc). Quando fazemos o LDL, os resultados costumam ser normais. Essas pessoas não conseguem conviver com os sons que os incomodam enquanto eles estiverem presentes e isso não tem relação com o volume. Além disso, parece existir uma conexão direta entre os sons que ouvem e uma reação incontrolável de raiva e irritabilidade. Isso descreve os casos puros de misofonia ou Síndrome da Sensibilidade Seletiva a Sons (4S).

Como a Medicina é algo muito variável, os pacientes costumam ter uma mistura de ambos os tipos de hipersensibilidade: alguns incomodam pelo volume, outros pela simples presença.
Anotem esses nomes na mente de vocês: esse assunto é mais comum do que pensamos e ainda vai dar muito o que falar. O programa Fantástico vai exibir uma reportagem sobre misofonia, a princípio no dia 24-08-14, com uma participação nossa para esclarecer a população e ajudar no incentivo de formas de tratamento. Esses pacientes têm grande restrição da vida familiar, social e profissional, levando ao isolamento, tanto pelos sons como pela falta de compreensão dos familiares e amigos.

Portanto se você tem ou conhece alguém que tenha um desses problemas, informe-o para que procure seu otorrino de confiança!!!

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

14º CURSO TEÓRICO-PRÁTICO INTENSIVO DE ZUMBIDO


Caros amigos otorrinos e fonos, convidamos vocês para o 14º CURSO TEÓRICO-PRÁTICO INTENSIVO DE ZUMBIDO realizado integralmente no Instituto Ganz Sanchez no dia 13/09/2014.

Sempre inovando; este é nosso jeito! Usando a conhecida didática e capacidade de síntese para compartilhar ideias, abordaremos tudo que é relevante para o atendimento de pacientes com zumbido em consultório. Diferente de outros cursos previamente ministrados pela Dra Tanit, este evento terá a participação prática e ativa da plateia em todas as aulas. Para melhor aproveitamento do conteúdo prático, este curso é aplicado a pequenas turmas (30 vagas por curso), de modo informal e com tempo para troca de experiências entre os participantes. Por ser um trabalho de equipe, sugerimos a participação de duplas de otorrinos+fonos para aumentar a probabilidade de implantação do aprendizado nos consultórios.

Organização:            Profa Dra. Tanit Ganz Sanchez (Otorrinolaringologista Livre-Docente pela FMUSP, Diretora-Presidente do Instituto Ganz Sanchez e Presidente da Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido - APIDIZ)

Gerência Financeira e Administrativa: Luzia Feitoza e Wanessa Lopes

Público alvo: Otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos

Data:              Sábado, 13/09/2014, das 8h às 18h

Local:             Av. Padre Pereira de Andrade, 353. Bairro: Alto de Pinheiros, São Paulo – SP.
                        Ponto de referência: entrada pequena do Parque Villa Lobos

Contato:        (11) 3021-5251 ou contato@institutoganzsanchez.com.br

Inscrições:     R$ 425,00 (acesso às aulas, coffee-breaks, almoço e certificado). Ficha de Inscrição: acesse aqui.

Formas de Pagamento: Depósito Bancário: 033 (Banco Santander), Agência: 0560 - C/C: 13.002187-9 CNPJ: 12.380.605/0001-34. Favorecido: Instituto Ganz Sanchez Organização de Eventos
- Boleto Bancário: favor solicitá-lo através de Telefone: (11) 3021-5251 ou Skype:
institutoganzsanchezoficial ou e-mail: contato@institutoganzsanchez.com.br

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Perfil de personalidade pode ter relação com o sofrimento do zumbido

Cada vez mais pessoas têm zumbido no mundo todo e, diferente do que se pensa, isso não é exclusividade dos idosos. Até crianças e adolescentes têm zumbido com frequência, porém a maioria deles não se incomoda com a presença do som.

Por isso, cada vez mais os pesquisadores entendem que “não basta ter zumbido”, algo mais tem que acontecer para que o sofrimento com ele apareça.

Uma das possibilidades tem a ver com o perfil de personalidade. Todo mundo sabe que a vida oferece inúúúmeros motivos para uma pessoa se estressar, ficar ansiosa ou deprimida... mas nem todo mundo fica!! Alguns têm uma habilidade natural (ou aprendida) para lidar melhor com as dificuldades ou para  aceitar melhor as perdas do que outros.



Pesquisadores do National Institute for Health Research (NIHR) em Nottingham descobriram que as pessoas solitárias, preocupadas, ansiosas ou com instabilidade de humor têm mais incômodo com o zumbido do que outras pessoas. Portanto, concluíram que as pessoas com perfil de personalidade neurótico têm mais tendência de sofrer mais com o zumbido.

Outras pesquisas já haviam demonstrado que o perfil perfeccionista e metódico também. Por isso, hoje eu aceito numa boa que “não basta ter zumbido”; precisamos ver “quem” tem esse zumbido – identificar o perfil de personalidade faz parte dessa abordagem mais holística, ampla e profunda que nós fazemos de rotina no Instituto Ganz Sanchez, olhando a pessoa como um todo.

Por isso, em paralelo com o tratamento do zumbido, procure levar uma vida com mais acesso ao lazer/prazer, mesmo sabendo que isso é difícil em algumas profissões. Lembre-se SEMPRE: procurar ajuda médica precoce faz toda a diferença para o sucesso do tratamento!

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Dicas práticas para melhorar do zumbido com alimentação saudável!

Essa semana teremos o GANZ - Grupo de Apoio Nacional a pessoas com Zumbido. A convidada é a nutricionista Tânia Rodrigues que já foi convidada do programa Bem Estar da Globo e vai bater um papo comigo, Dra. Tanit Ganz Sanchez.
Você pode assistir ao vivo, de qualquer lugar do mundo, no dia 06 de agosto, quarta-feira, 15h ao vivo no link http://us.twitcasting.tv/zumbidonoouvido
Tire as suas dúvidas sobre nutrição e zumbido no ouvido, respondemos as questões na hora!

e aqui o meu convite!


sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Zumbido e vertigem em crises: sinais da Doença de Ménière



Nome francês e difícil de escrever (com dois acentos!), homenageia o pesquisador Prosper Ménière que descreveu o problema no século XIX. Essa doença pode ser um verdadeiro “tsunami” na vida de quem a tem...

As pessoas que sofrem “só” com zumbido no ouvido já sabem o quão chato isso pode ser. Como “besteira pouca é bobagem”, imaginem sofrer também com crises de vertigem, que duram horas a dias, e ainda vêm junto com ouvido tampado (“pressão no ouvido”) e perda de audição? N-i-n-g-u-é-m merece!!
Esse conjunto de sintomas caracteriza a Doença de Ménière, que ocorre pelo aumento da pressão da endolinfa (líquido existente dentro do labirinto, que fica dentro do ouvido).

Então Doença de Menière é o mesmo que labirintite? NÃO, mas é um dos tipos! No começo, essa doença ocorre em crises que voltam ao normal, mas ela pode ser progressiva, com crises mais frequentes e riscos de perda de audição e zumbido constantes.

Se esse é o seu caso, está mais do que na hora de procurar um otorrino da sua confiança para tratar o quadro atual e ainda evitar piora no futuro!